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Cisto Tireoglosso

Temo de leitura: 3 minutes.
Atualizado em: 24/03/2025.

 O cisto tireoglosso é uma anomalia congênita que forma um nódulo no pescoço, podendo causar infecções e desconforto. Descubra suas causas, sintomas e tratamento. Entenda mais sobre esse assunto!

Introdução

O cisto tireoglosso é uma malformação congênita que ocorre devido à persistência do ducto tireoglosso, uma estrutura embrionária que deveria desaparecer antes do nascimento. 

Ele se manifesta como um nódulo indolor na linha média do pescoço, sendo a anomalia cervical congênita mais comum. 

Embora geralmente benigno, pode causar infecções recorrentes e até dificuldades respiratórias em alguns casos. 

Neste artigo, abordaremos o que é, quais as causas, quais os sintomas e como é realizado o diagnóstico e o tratamento desta patologia. Leia até o final e saiba mais!

Quais as causas do Cisto Tireoglosso?

O cisto tireoglosso é causado pela persistência do ducto tireoglosso, uma estrutura temporária que se forma durante o desenvolvimento fetal para a migração da tireoide. 

Esse ducto deveria desaparecer completamente até o nascimento, mas, em alguns casos, ele permanece, resultando na formação do cisto.

As principais causas para essa persistência incluem:

  • Fatores genéticos: Algumas famílias podem ter uma predisposição maior para malformações congênitas.
  • Desenvolvimento anômalo da tireoide: Se a glândula não migra corretamente, partes do ducto podem permanecer.
  • Infecções: Podem estimular o crescimento do cisto, tornando-o sintomático.
  • Traumas na região do pescoço: Embora raros, podem levar ao aumento do cisto.

Embora congênito, o cisto tireoglosso pode se tornar evidente apenas na infância ou mesmo na idade adulta, especialmente após infecções locais.

Quais os sintomas do Cisto Tireoglosso?

Os sintomas do cisto tireoglosso variam conforme o tamanho e a presença de infecção. Alguns dos sinais mais comuns incluem:

  • Nódulo na linha média do pescoço, geralmente móvel e indolor.
  • Movimentação do nódulo ao engolir ou ao projetar a língua para fora.
  • Dor e vermelhidão quando há infecção.
  • Secreção de líquido através de um orifício na pele, caso haja fístula.
  • Dificuldade para respirar ou engolir, quando o cisto cresce excessivamente.

Embora seja normalmente assintomático, infecções recorrentes podem levar a abscessos ou aumento significativo do cisto, causando desconforto e exigindo intervenção cirúrgica.

Como é feito o diagnóstico do Cisto Tireoglosso?

O diagnóstico do cisto tireoglosso é baseado na avaliação clínica e em exames de imagem para confirmar a presença do cisto e sua relação com estruturas próximas.

Os principais métodos diagnósticos incluem:

  • Exame clínico: O médico avalia a localização e a mobilidade do nódulo.
  • Ultrassonografia do pescoço: Permite visualizar o tamanho, conteúdo e posição do cisto.
  • Tomografia computadorizada ou ressonância magnética: Indicadas para avaliar cistos maiores ou casos com suspeita de complicação.
  • Punção aspirativa: Em casos duvidosos, pode ser realizada para análise do conteúdo do cisto.
  • Cintilografia da tireoide: Utilizada quando há dúvida sobre a presença da glândula tireoide normal.

O diagnóstico precoce é essencial para evitar infecções recorrentes e outras complicações associadas ao crescimento do cisto.

Como é feito o tratamento do Cisto Tireoglosso?

O tratamento do cisto tireoglosso geralmente envolve a remoção cirúrgica para evitar recorrências e infecções. O procedimento mais comum é a cirurgia de Sistrunk, que consiste na remoção do cisto, parte do ducto tireoglosso e uma porção do osso hioide para reduzir o risco de recidiva.

As abordagens terapêuticas incluem:

  • Uso de antibióticos: Indicado em casos de infecção antes da cirurgia.
  • Drenagem de abscessos: Se houver infecção intensa, pode ser necessária antes da remoção definitiva do cisto.
  • Cirurgia de Sistrunk: Técnica padrão para remoção completa e prevenção de recorrências.

A recuperação geralmente é rápida, e complicações como infecção pós-operatória ou recorrência são raras quando o procedimento é realizado corretamente.

Dra.Adriana Brasil

CRM 87876-SP

Cirurgiã de Cabeça e Pescoço RQE nº 22482 e Cirurgiã Oncológica RQE nº 122146.
Formada em Medicina pela UNICAMP, com especialização em cirurgia oncológica pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), com mais de 25 anos de experiência.

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