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Tireoidectomia total e parcial

Temo de leitura: 3 minutes.
Atualizado em: 24/03/2025.

 A tireoidectomia é uma cirurgia que remove total ou parcialmente a tireoide, sendo indicada para tratar nódulos, câncer e outras condições. O procedimento é seguro e a recuperação exige acompanhamento médico. Saiba mais sobre suas indicações, como é feita e os cuidados pós-operatórios. Entenda mais sobre esse assunto!

Introdução

A tireoidectomia é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção parcial ou total da glândula tireoide. 

Essa cirurgia é indicada principalmente para tratar doenças como nódulos tireoidianos suspeitos, câncer de tireoide, bócio volumoso que causa compressão e hipertireoidismo resistente ao tratamento clínico. 

A decisão entre a remoção total ou parcial depende da condição do paciente e do objetivo terapêutico.

Neste artigo, abordaremos as indicações deste procedimento, como ele é realizado e quais os cuidados necessários no período pós-operatório. Leia até o final e saiba mais!

Quais as indicações desse procedimento?

A tireoidectomia total ou parcial é indicada para diferentes condições que afetam a glândula tireoide, sendo essencial para o tratamento de algumas doenças. As principais indicações incluem:

  • Câncer de tireoide: A remoção total da tireoide é frequentemente necessária para tratar carcinomas, especialmente os tipos papilífero e folicular.
  • Nódulos tireoidianos suspeitos ou malignos: Se um nódulo for indeterminado ou maligno, pode ser necessário remover parte ou toda a tireoide.
  • Bócio volumoso: O crescimento exagerado da tireoide pode causar compressão na traqueia e esôfago, levando a dificuldades respiratórias e de deglutição, exigindo a remoção parcial ou total da glândula.
  • Hipertireoidismo refratário: Em casos de Doença de Graves ou outros tipos de hipertireoidismo que não respondem ao tratamento clínico, a cirurgia pode ser uma solução definitiva.
  • Tireoidite severa ou recorrente: Algumas formas graves de inflamação da tireoide podem exigir a remoção cirúrgica da glândula.

A escolha entre tireoidectomia total ou parcial depende da gravidade do caso, do risco de malignidade e da necessidade de preservar a função da glândula.

Como é realizado esse procedimento?

A tireoidectomia é um procedimento cirúrgico realizado sob anestesia geral e pode ser feita de forma convencional ou minimamente invasiva. O processo envolve:

  • Incisão no pescoço: O cirurgião faz uma pequena incisão na base do pescoço para acessar a glândula tireoide.
  • Remoção parcial ou total da tireoide: Dependendo da necessidade, o cirurgião remove apenas um lobo (lobectomia) ou toda a glândula (tireoidectomia total).
  • Preservação de estruturas importantes: Durante a cirurgia, há o cuidado de preservar as paratireoides (glândulas que regulam o cálcio) e os nervos da laringe, que controlam a voz.
  • Drenagem e sutura: Em alguns casos, um dreno pode ser colocado para evitar o acúmulo de líquidos. A incisão é então fechada com pontos absorvíveis ou cola cirúrgica.

A cirurgia dura, em média, de 1 a 2 horas, e a maioria dos pacientes recebe alta em até 24 horas, dependendo da recuperação inicial.

Como é o período pós-operatório desse procedimento e quais os cuidados necessários?

A recuperação da tireoidectomia é relativamente tranquila, mas exige alguns cuidados específicos para evitar complicações e garantir uma boa cicatrização.

Cuidados pós-operatórios essenciais

  • Repouso e restrição de atividades: Nos primeiros dias, é indicado evitar esforço físico e movimentos bruscos com o pescoço.
  • Acompanhamento médico: Consultas regulares são essenciais para monitorar a cicatrização e os níveis hormonais.
  • Uso de medicamentos: Em casos de tireoidectomia total, é necessária reposição do hormônio tireoidiano (levotiroxina) para manter o metabolismo regulado.
  • Hidratação e alimentação leve: Para evitar desconforto na deglutição, recomenda-se ingerir líquidos e alimentos macios nos primeiros dias.
  • Cuidados com a cicatriz: Manter a região limpa e protegida do sol ajuda a evitar manchas e melhorar a estética da cicatrização.

Possíveis complicações e sinais de alerta

  • Rouquidão temporária devido à manipulação dos nervos da laringe.
  • Alterações nos níveis de cálcio, exigindo suplementação de cálcio e vitamina D.
  • Inchaço ou sangramento excessivo na região da cirurgia, que devem ser comunicados ao médico imediatamente.

Com os devidos cuidados, a maioria dos pacientes retorna às atividades normais em poucas semanas, garantindo qualidade de vida após o procedimento.

Dra.Adriana Brasil

CRM 87876-SP

Cirurgiã de Cabeça e Pescoço RQE nº 22482 e Cirurgiã Oncológica RQE nº 122146.
Formada em Medicina pela UNICAMP, com especialização em cirurgia oncológica pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), com mais de 25 anos de experiência.

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