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Cirurgia de tumores de boca, faringe e laringe

Temo de leitura: 3 minutes.
Atualizado em: 24/03/2025.

A cirurgia para tumores de boca, faringe e laringe é fundamental no tratamento do câncer nessas regiões. O procedimento pode ser parcial ou radical, exigindo um pós-operatório cuidadoso para reabilitação da fala e deglutição. Entenda as indicações, como é o procedimento e os cuidados necessários. Entenda mais sobre esse assunto!

Introdução

A cirurgia de tumores de boca, faringe e laringe é um procedimento essencial no tratamento de cânceres que afetam essas regiões. 

Geralmente indicada para remover tumores malignos e impedir sua disseminação, essa intervenção pode variar desde ressecções parciais até cirurgias mais complexas, como a laringectomia total. 

O tipo de procedimento depende do estágio da doença e da localização do tumor, podendo ser combinado com radioterapia e quimioterapia. 

Neste artigo, abordaremos as indicações deste procedimento, como ele é realizado e quais os cuidados necessários no período pós-operatório. Leia até o final e saiba mais!

Quais as indicações desse procedimento?

A cirurgia de tumores de boca, faringe e laringe é indicada principalmente para o tratamento de cânceres nessas regiões, mas também pode ser necessária em algumas condições benignas. As principais indicações incluem:

  • Câncer de boca, faringe ou laringe: Quando o tumor é localizado e pode ser removido cirurgicamente sem comprometer completamente as funções essenciais.
  • Tumores benignos de grande volume: Lesões não cancerígenas que causam dificuldade para engolir, respirar ou falar podem necessitar de remoção cirúrgica.
  • Tumores avançados com risco de metástase: Quando a cirurgia é a melhor opção para evitar a propagação do câncer para outros órgãos.
  • Falha no tratamento clínico: Em casos onde radioterapia e quimioterapia não são suficientes, a cirurgia se torna necessária.
  • Lesões pré-cancerígenas: Algumas alterações celulares podem evoluir para câncer e, em certos casos, a cirurgia pode ser indicada para prevenção.

A escolha pelo procedimento depende do estágio da doença, das condições clínicas do paciente e da localização exata do tumor. O diagnóstico precoce melhora significativamente as chances de um tratamento bem-sucedido.

Como é realizado esse procedimento?

O tipo de cirurgia varia conforme a localização do tumor e sua gravidade. Os principais procedimentos incluem:

  • Ressecção local: Para tumores pequenos e bem delimitados, o cirurgião remove apenas a área afetada, preservando as estruturas vizinhas.
  • Glossectomia parcial ou total: Indica-se a remoção parcial ou completa da língua quando o câncer atinge essa região.
  • Faringectomia: Remoção parcial ou total da faringe, dependendo da extensão do tumor. Pode exigir reconstrução com enxertos ou retalhos regionais.
  • Laringectomia parcial ou total: No câncer avançado de laringe, a remoção total pode ser necessária, impactando a voz do paciente.
  • Esvaziamento Cervical Eletivo ou Radical: a depender do status dos linfonodos do pescoço, este pode ser observado( tumores iniciais), ou incluido na abordagem cirúrgica inicial. Drenos são necessários.

O procedimento é realizado sob anestesia geral e pode durar algumas horas, dependendo da complexidade. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de traqueostomia temporária ou permanente para auxiliar a respiração.

Como é o período pós-operatório desse procedimento e quais os cuidados necessários?

A recuperação após a cirurgia de tumores de boca, faringe e laringe varia conforme a extensão do procedimento e a condição do paciente. O pós-operatório pode envolver:

Cuidados imediatos

  • Internação hospitalar: Pacientes que passam por cirurgias extensas podem precisar ficar internados por dias ou semanas.
  • Traqueostomia temporária: Em cirurgias que envolvem a laringe, pode ser necessário um orifício na traqueia para facilitar a respiração.
  • Alimentação via sonda: A deglutição pode ficar comprometida temporariamente, exigindo nutrição por sonda nasogástrica.

Cuidados a longo prazo

  • Fonoaudiologia: Em cirurgias que afetam a fala, a reabilitação com fonoaudiólogo é essencial.
  • Fisioterapia: Pode ser necessária para melhorar a respiração e evitar complicações.
  • Adaptação alimentar: Alguns pacientes podem precisar de mudanças na dieta para facilitar a deglutição.

Possíveis complicações

  • Infecções e dificuldades na cicatrização.
  • Alterações na voz e na capacidade de engolir.
  • Impacto emocional, exigindo apoio psicológico.

Com acompanhamento adequado, muitos pacientes conseguem recuperar a qualidade de vida após o procedimento.

Dra.Adriana Brasil

CRM 87876-SP

Cirurgiã de Cabeça e Pescoço RQE nº 22482 e Cirurgiã Oncológica RQE nº 122146.
Formada em Medicina pela UNICAMP, com especialização em cirurgia oncológica pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), com mais de 25 anos de experiência.

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