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Esvaziamento cervical

Temo de leitura: 3 minutes.
Atualizado em: 31/03/2025.

O esvaziamento cervical é uma cirurgia essencial no tratamento de cânceres de cabeça e pescoço, removendo linfonodos afetados para evitar a disseminação da doença. Dependendo do caso, pode ser eletivo ou radical, com impactos na recuperação do paciente. Entenda mais sobre esse assunto!

Introdução

O esvaziamento cervical é um procedimento cirúrgico realizado para remover linfonodos do pescoço, geralmente em casos de câncer de cabeça e pescoço que apresentam risco de disseminação. 

Dependendo da extensão da doença, a cirurgia pode ser seletivo ou radical, preservando ou removendo estruturas adjacentes. Essa abordagem é essencial para reduzir a progressão do câncer e aumentar as chances de sucesso do tratamento.

Neste artigo, abordaremos as indicações deste procedimento, como ele é realizado e quais os cuidados necessários no período pós-operatório. Leia até o final e saiba mais!

Quais as indicações desse procedimento?

O esvaziamento cervical é indicado para pacientes com cânceres que apresentam risco de disseminação para os linfonodos do pescoço. Entre as principais indicações estão:

  • Câncer de cabeça e pescoço: Tumores na boca, laringe, faringe e glândulas salivares frequentemente metastatizam para os linfonodos cervicais.
  • Presença de linfonodos suspeitos: Quando exames de imagem ou biópsias indicam que há metástase nos linfonodos.
  • Tumores de tireoide avançados: Alguns tipos de câncer de tireoide podem demandar a remoção dos linfonodos do pescoço.
  • Recidiva do câncer: Se a doença retorna na região cervical, pode ser necessário um novo esvaziamento.

O procedimento pode ser feito de forma preventiva, mesmo quando não há confirmação de metástase, para evitar a progressão da doença. A decisão é baseada em exames como ultrassom, tomografia, ressonância magnética, PET-Scan e biópsia.

Como é realizado esse procedimento?

O esvaziamento cervical pode ser realizado de diferentes formas, dependendo da extensão da remoção necessária:

  • Esvaziamento cervical seletivo: Remove apenas os linfonodos mais propensos a serem afetados pelo câncer, preservando estruturas saudáveis.
  • Esvaziamento cervical radical: Remoção completa dos linfonodos e de algumas estruturas adjacentes, como músculos, veias e nervos.
  • Esvaziamento cervical radical modificado: Variante do radical que preserva algumas estruturas importantes para minimizar sequelas funcionais, como o músculo esternocleidimastóide, veia jugular interna e artéria carótida comum.

Passo a passo da cirurgia:

  1. Anestesia geral: O paciente é sedado para evitar dor e desconforto.
  2. Incisão no pescoço: O cirurgião realiza um corte na região cervical para acessar os linfonodos.
  3. Remoção dos linfonodos e tecidos afetados: Dependendo da técnica escolhida, são retirados apenas linfonodos específicos ou um grupo maior de estruturas.
  4. Sutura e drenagem: Após a remoção, a área é fechada e drenos podem ser colocados para evitar acúmulo de líquidos.
  5. Internação: O paciente permanece sob observação por alguns dias para monitoramento da recuperação.

A escolha da abordagem depende da localização do tumor, do estágio da doença e da necessidade de preservar funções essenciais, como fala e deglutição.

Como é o período pós-operatório desse procedimento e quais os cuidados necessários?

A recuperação do esvaziamento cervical pode variar conforme a extensão da cirurgia e o estado geral do paciente. Os principais cuidados incluem:

Cuidados imediatos

  • Repouso e monitoramento hospitalar: O paciente pode precisar ficar internado por alguns dias para controle de dor e prevenção de complicações.
  • Uso de drenos: Evitam o acúmulo de líquidos na região operada e geralmente são removidos após alguns dias.
  • Alimentação adaptada: Dependendo do impacto da cirurgia, pode ser necessário iniciar com dieta líquida ou pastosa.
  • Controle da dor: Analgésicos e anti-inflamatórios são prescritos para reduzir o desconforto.

Cuidados a longo prazo

  • Fisioterapia e reabilitação: Ajuda a recuperar a mobilidade do pescoço e reduzir o risco de rigidez muscular.
  • Acompanhamento médico: Consultas regulares garantem que a recuperação ocorra adequadamente e identificam precocemente qualquer sinal de recorrência.
  • Monitoramento de sintomas: Inchaço persistente, dor intensa ou dificuldade para engolir devem ser comunicados ao médico imediatamente.

O período pós-operatório exige paciência e acompanhamento especializado para garantir uma boa recuperação e minimizar impactos na qualidade de vida.

Dra.Adriana Brasil

CRM 87876-SP

Cirurgiã de Cabeça e Pescoço RQE nº 22482 e Cirurgiã Oncológica RQE nº 122146.
Formada em Medicina pela UNICAMP, com especialização em cirurgia oncológica pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), com mais de 25 anos de experiência.

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