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Bócio

Temo de leitura: 3 minutes.
Atualizado em: 24/03/2025.

 O bócio é o aumento da tireoide, podendo causar dificuldade para engolir, tosse e sensação de aperto no pescoço. Saiba como identificar, diagnosticar e tratar essa condição. Entenda mais sobre esse assunto!

Introdução

O bócio é o aumento anormal da glândula tireoide, podendo ocorrer devido a deficiência de iodo, distúrbios hormonais ou inflamações. 

Embora seja mais comum em mulheres e idosos, pode afetar qualquer pessoa. Essa condição pode ser assintomática ou causar dificuldades para engolir e respirar, dependendo do tamanho e da causa subjacente. 

Neste artigo, abordaremos o que é, quais as causas, quais os sintomas e como é realizado o diagnóstico e o tratamento desta patologia. Leia até o final e saiba mais!

Quais as causas do Bócio?

O bócio pode ter diferentes causas, sendo algumas das mais comuns:

  • Deficiência de iodo: A falta desse mineral essencial na alimentação é uma das principais causas do bócio endêmico.
  • Doença de Hashimoto: Uma condição autoimune que leva ao hipotireoidismo e pode causar aumento da glândula.
  • Doença de Graves: Outra doença autoimune, mas que estimula a produção excessiva de hormônios tireoidianos, levando ao bócio difuso.
  • Nódulos na tireoide: O crescimento de nódulos benignos ou malignos pode causar aumento da glândula.
  • Inflamação da tireoide (tireoidite): Infecções virais ou doenças autoimunes podem levar à inflamação e inchaço da glândula.
  • Fatores genéticos: Algumas pessoas têm predisposição hereditária ao desenvolvimento do bócio.

O tratamento depende da causa específica e do impacto do bócio na saúde do paciente.

Quais os sintomas do Bócio?

Os sintomas do bócio variam conforme o tamanho da glândula e sua influência na produção hormonal:

  • Bócio pequeno: Pode ser assintomático e descoberto em exames de rotina.
  • Bócio grande: Pode causar sintomas mecânicos, como:
    • Sensação de aperto no pescoço
    • Dificuldade para engolir ou respirar
    • Rouquidão ou alteração na voz
    • Tosse persistente
  • Se houver alterações hormonais:
    • Hipotireoidismo (produção insuficiente de hormônios): fadiga, ganho de peso, pele seca, queda de cabelo.
    • Hipertireoidismo (produção excessiva de hormônios): nervosismo, suor excessivo, emagrecimento, palpitações.

A gravidade dos sintomas depende da causa do bócio e de seu impacto no funcionamento da tireoide.

Como é feito o diagnóstico do Bócio?

O diagnóstico do bócio envolve exames clínicos e laboratoriais para avaliar o tamanho da glândula e sua função:

  • Exame físico: O médico palpa a região do pescoço para identificar o aumento da tireoide.
  • Exames laboratoriais:
    • TSH (hormônio estimulante da tireoide)
    • T3 e T4 (hormônios tireoidianos)
    • Dosagem de anticorpos (para investigar doenças autoimunes)
  • Ultrassonografia da tireoide: Avalia o tamanho, estrutura e a presença de nódulos.
  • Cintilografia da tireoide: Indica se a glândula está hiperativa ou hipoativa.
  • Punção aspirativa com agulha fina (PAAF): Em casos suspeitos, para avaliar se há células malignas.

Esses exames são fundamentais para determinar a causa do bócio e definir a melhor abordagem terapêutica.

Como é feito o tratamento do Bócio?

O tratamento do bócio depende da causa, do tamanho e da presença de sintomas.

  • Bócio pequeno e sem sintomas: Pode ser apenas acompanhado sem necessidade de tratamento.
  • Correção da deficiência de iodo: Em casos de bócio endêmico, a suplementação de iodo pode ajudar a reduzir o aumento da glândula.
  • Medicação:
    • Para hipotireoidismo: Reposição de hormônio tireoidiano (levotiroxina).
    • Para hipertireoidismo: Antitireoidianos para reduzir a produção hormonal.
  • Cirurgia (tireoidectomia): Indicada quando o bócio causa compressão das vias respiratórias, apresenta nódulos malignos ou crescimento excessivo.
  • Terapia com iodo radioativo: Usada para reduzir o tamanho da tireoide em casos de hipertireoidismo ou bócio multinodular.

O acompanhamento médico é essencial para monitorar a evolução do bócio e ajustar o tratamento conforme necessário.

Dra.Adriana Brasil

CRM 87876-SP

Cirurgiã de Cabeça e Pescoço RQE nº 22482 e Cirurgiã Oncológica RQE nº 122146.
Formada em Medicina pela UNICAMP, com especialização em cirurgia oncológica pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), com mais de 25 anos de experiência.

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