O bócio é o aumento da tireoide, podendo causar dificuldade para engolir, tosse e sensação de aperto no pescoço. Saiba como identificar, diagnosticar e tratar essa condição. Entenda mais sobre esse assunto!
Introdução
O bócio é o aumento anormal da glândula tireoide, podendo ocorrer devido a deficiência de iodo, distúrbios hormonais ou inflamações.
Embora seja mais comum em mulheres e idosos, pode afetar qualquer pessoa. Essa condição pode ser assintomática ou causar dificuldades para engolir e respirar, dependendo do tamanho e da causa subjacente.
Neste artigo, abordaremos o que é, quais as causas, quais os sintomas e como é realizado o diagnóstico e o tratamento desta patologia. Leia até o final e saiba mais!
Quais as causas do Bócio?
O bócio pode ter diferentes causas, sendo algumas das mais comuns:
- Deficiência de iodo: A falta desse mineral essencial na alimentação é uma das principais causas do bócio endêmico.
- Doença de Hashimoto: Uma condição autoimune que leva ao hipotireoidismo e pode causar aumento da glândula.
- Doença de Graves: Outra doença autoimune, mas que estimula a produção excessiva de hormônios tireoidianos, levando ao bócio difuso.
- Nódulos na tireoide: O crescimento de nódulos benignos ou malignos pode causar aumento da glândula.
- Inflamação da tireoide (tireoidite): Infecções virais ou doenças autoimunes podem levar à inflamação e inchaço da glândula.
- Fatores genéticos: Algumas pessoas têm predisposição hereditária ao desenvolvimento do bócio.
O tratamento depende da causa específica e do impacto do bócio na saúde do paciente.
Quais os sintomas do Bócio?
Os sintomas do bócio variam conforme o tamanho da glândula e sua influência na produção hormonal:
- Bócio pequeno: Pode ser assintomático e descoberto em exames de rotina.
- Bócio grande: Pode causar sintomas mecânicos, como:
- Sensação de aperto no pescoço
- Dificuldade para engolir ou respirar
- Rouquidão ou alteração na voz
- Tosse persistente
- Se houver alterações hormonais:
- Hipotireoidismo (produção insuficiente de hormônios): fadiga, ganho de peso, pele seca, queda de cabelo.
- Hipertireoidismo (produção excessiva de hormônios): nervosismo, suor excessivo, emagrecimento, palpitações.
A gravidade dos sintomas depende da causa do bócio e de seu impacto no funcionamento da tireoide.
Como é feito o diagnóstico do Bócio?
O diagnóstico do bócio envolve exames clínicos e laboratoriais para avaliar o tamanho da glândula e sua função:
- Exame físico: O médico palpa a região do pescoço para identificar o aumento da tireoide.
- Exames laboratoriais:
- TSH (hormônio estimulante da tireoide)
- T3 e T4 (hormônios tireoidianos)
- Dosagem de anticorpos (para investigar doenças autoimunes)
- Ultrassonografia da tireoide: Avalia o tamanho, estrutura e a presença de nódulos.
- Cintilografia da tireoide: Indica se a glândula está hiperativa ou hipoativa.
- Punção aspirativa com agulha fina (PAAF): Em casos suspeitos, para avaliar se há células malignas.
Esses exames são fundamentais para determinar a causa do bócio e definir a melhor abordagem terapêutica.
Como é feito o tratamento do Bócio?
O tratamento do bócio depende da causa, do tamanho e da presença de sintomas.
- Bócio pequeno e sem sintomas: Pode ser apenas acompanhado sem necessidade de tratamento.
- Correção da deficiência de iodo: Em casos de bócio endêmico, a suplementação de iodo pode ajudar a reduzir o aumento da glândula.
- Medicação:
- Para hipotireoidismo: Reposição de hormônio tireoidiano (levotiroxina).
- Para hipertireoidismo: Antitireoidianos para reduzir a produção hormonal.
- Cirurgia (tireoidectomia): Indicada quando o bócio causa compressão das vias respiratórias, apresenta nódulos malignos ou crescimento excessivo.
- Terapia com iodo radioativo: Usada para reduzir o tamanho da tireoide em casos de hipertireoidismo ou bócio multinodular.
O acompanhamento médico é essencial para monitorar a evolução do bócio e ajustar o tratamento conforme necessário.